segunda-feira, 24 de outubro de 2011

pavlova de chocolate e prata

Vinte e cinco anos de casado ainda não é uma vida, mas já um longo caminho percorrido com muitos altos e baixos, muitas experiências vividas e partilhadas, mas acima de tudo, com muito amor. Um amor que vive e sobrevive, independentemente das circunstâncias, das pessoas que surgem ou desaparecem desse caminho percorrido. Um amor que vive à vinte e cinco anos, e que resultou não só na renovação desse amor, junto daqueles que estiveram presentes na altura, mas também de todas as novas testemunhas que queiram presenciar esse amor, nomeadamente o resultado dele, eu e o meu irmão.
A semana passada os meus pais fizeram 25 anos de casado, as bodas de prata. E pensar que já passaram vinte e cinco anos! Eu não estava lá, como é óbvio, mas olhar para o álbum de fotografias, e ver o vídeo, tentando sempre encontrar os familiares e as pessoas conhecidas, lançando gargalhadas para o ar assim que vejo a forma como as pessoas se vestiam e penteavam na altura, ou as suas posturas, é algo que me faz transportar para aquela época, quase como se tivesse lá estado, e sentir nostalgia, porque já passaram vinte e cinco anos desde que os meus pais se conheceram e assumiram o seu amor perante todos casando, e desse amor nasci eu um ano depois, e o meu irmão cinco anos mais tarde.
É estranho como o tempo passa a correr e nós mal nos apercebemos. Mas, vale a pena recordar todos os momentos e esse tempo que teima em apanhar a auto estrada e pôr prego a fundo no seu carro para andar tão depressa que nem nos deixa margem para percebermos onde estamos. Vale a pena celebrar o dia, vinte e cinco anos depois, recordar tudo o que aconteceu, rir dos bons momentos e estar em reunião e em convívio com todos os que estavam presentes, e mais alguns que se foram juntando mais tarde.

Estive mesmo quase para não poder estar presente neste dia de renovação dos votos dos meus pais, mas felizmente foi possível e, como não podia deixar de ser, tive de fazer uma experiência na minha cozinha, um bolo especial, para celebrar este dia.
Já andava à imenso tempo para fazer a pavlova da Nigella, que acho extraordinária, e como tal, merecia um dia especial para ser feita e apresentada aos presentes. E esse dia foi no domingo. Levantei-me cedo, e com calma fui combinando os ingredientes, ao som de uma boa música, como se estivesse embalada pela felicidade do dia, e pelos sons que iam saindo da televisão.
Não sei explicar bem porquê, mas quando vou a casa dos meus pais, os bolos que faço lá saem sempre muito melhores do que quando faço em Lisboa...aquela cozinha deve ter algum poder especial, só pode!!

Fiz então a minha pavlova, com uma cobertura de queijo mascarpone, que eu estava receosa de fazer, mas que depois de incentivada ganhei coragem fiz, e resultou perfeitamente sobre o bolo, terminando ainda com uns belíssimos frutos vermelhos polvilhados sobre o creme, criando uma mistura de sabores maravilhosa. A prova disso foi o desaparecimento quase instantâneo do bolo, assim que chegou à mesa e os elogios que recebi depois de se terem deliciado com aquela receita especial.

Foi um dia muito feliz, por todas as razões e mais algumas, e que de certeza vai ser recordado por muito tempo.



Pavlova de Chocolate com Queijo mascarpone e frutos vermelhos
(receita retirada do site da Nigella)


Ingredientes:
Para a base de merengue:
6 claras
300 gr. de açúcar em pó
3 colheres de sopa de cacau em pó
1 colher de chá de vinagre balsâmico ou de vinagre de vinho tinto
50 gr de chocolate preto de boa qualidade

Para a cobertura:
1 embalagem de frutos vermelhos
250gr de queijo mascarpone
1 colher de sopa de manteiga
100gr de açúcar em pó


Preparação:
Pré-aquecer o forno a 180ºC
Batem-se as claras até formarem picos, junta-se o açúcar, uma colher de sopa de cada vez até acabar o açúcar e bate-se até ficar bem firme. Seguidamente espalha-se o cacau em pó, o vinagre e o chocolate picado em pedacinhos, e envolve-se tudo até que fique bem ligado.
Num tabuleiro de forno põe-se uma folha de papel vegetal, desenha-se um círculo com aproximadamente 23 cm de diâmetro ( pode-se fazer isto pondo uma forma e com um lápis desenhar um círculo à sua volta).
Espalha-se o merengue dentro desse círculo sem o achatar muito e põe-se no forno baixando imediatamente temperatura para 150ºC.
Deixa-se cozer durante 1h a 1h15. No final, o bolo deve estar bem seco nas beiras e mais macio ao centro.
Depois de cozido, desliga-se o forno, entreabre-se a porta e deixa-se a pavlova arrefecer completamente lá dentro.

Antes de se servir a pavlova, prepara-se o creme de queijo. Bate-se o creme com uma colher de manteiga, e vai-se adicionando o açúcar até ficar cremoso. Depois espalha-se com uma espátula sobre a pavlova, e decora-se com os frutos vermelhos.


3 comentários:

  1. Bem à altura desta comemoração Catarina, ficou linda e a todos deve ter deliciado. Parabéns aos papás e obrigada por esta partilha

    beijinhos e boa semana!

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  2. Tudo na vida deve ser celebrado. Mas há momentos, como este que descreves que merece algo ainda mais especial. O melhor de tudo é ter a família e aqueles de quem gostamos perto nós, mas um excelente complemento a isso é esta grande delicia que aqui apresentas, que foi sem duvida a cereja no topo do bolo, neste caso da festa.

    Não é uma receita nada fácil, porque tudo o que envolve claras é sempre complicado...dizem que tem mau feito...mas são apenas delicadas.

    Na minha opinião este é um dos casos em que a receita "copiada" é melhor e mais bonita que a original :)

    Como dizem, a pratica faz a perfeição, e aqueles testes que fizeste ajudaram bastante ;) E o resultado está à vista!

    É um grande retorno ao teu blog, e espero que o actualizes mais vezes, pois receitas destas e como as que fazes são precisas aqui na blogosfera e em todo o lado ;)

    Um beijo
    Diogo

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  3. Catarina,
    Parabéns pelo aniversario de 25 anos de casamento... Que bela sobremesa que nos trazes hoje, ficou com um aspecto delicioso : )

    Beijinhos!

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